quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Copinhos de plástico

Amigos, recebi isto numa newsletter da Tekoha e compartilho. É exemplo de pequenas atitudes que podemos tomar em nosso dia-a-dia, com impacto inesperadamente importante.

"Sustentabilidade nos detalhes

Um copinho descartável leva 50 anos para se decompor. Se cada pessoa utiliza, em média, 3 copos por dia, isso representa aproximadamente 756 por ano!

Em uma empresa com 100 funcionários são utilizados por ano 75.600 copinhos: 63 quilos de plástico jogados no lixo sem uso.

Utilizando uma caneca você evita o descarte desse material, além de contribuir para a redução da utilização de um produto derivado de petróleo."

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A sociedade contemporânea pelo olhar de um esquimó

O degelo do Oceano Ártico vem aumentando de forma acelerada por causa do aquecimento global. De 2004 para cá, a região passou a perder cerca de 240 quilômetros cúbicos de gelo por ano. Angaangaq Lyberth, líder espiritual do povo esquimó de Kalaallit Nunaat, no extremo norte da Groenlândia, é testemunha dessas mudanças. Desde 1968, Uncle, como é conhecido, faz palestras ao redor do mundo para falar de questões ambientais e sobre as conseqüências do derretimento das calotas polares para o planeta.

Membro do Instituto Internacional dos Quatro Mundos para o Desenvolvimento Humano e Comunitário, do Conselho Mundial de Sabedoria, do Clube Internacional de Budapeste e da Corporação para Restauração da Terra, entre outras organizações e movimentos, tem sido convidado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para atuar em questões indígenas e de paz. Durante a palestra que deu em São Paulo, no dia 13 de novembro, Uncle não falou sobre grandes teorias do desenvolvimento sustentável e nem apresentou soluções complexas para os problemas do planeta. Em vez disso, defendeu a harmonia entre o homem e a natureza como a melhor saída para as questões ambientais. Com discurso dócil e inspirador, Uncle faz uma análise da sociedade contemporânea e afirma: "Quando vejo as pessoas caminhando pela Avenida Paulista, em São Paulo, o que penso é que elas perderam completamente a conexão com a natureza".

Nesta edição, o Notícias da Semana divide com os leitores a conversa com o esquimó Angaangaq Lyberth e sua visão sobre a nossa sociedade.

Instituto Ethos: Na sua opinião, qual é a implicância do degelo das regiões polares para a vida no planeta?
Angaangaq Lyberth: Quando nasci, algumas geleiras perto da Groelândia tinham uma espessura de 5 quilômetros. Hoje em dia, elas não medem mais que 3 quilômetros. Ali havia uma ilha de gelo maior do que a de Manhattan, em Nova York, que está derretendo muito rápido. O derretimento desse gelo significou até agora 100 trilhões de litros de água no oceano. Com isso o mar está enchendo. Alguns lugares serão muito afetados, como é o caso da Amazônia. Isso porque a floresta se encontra ao nível do mar. Nessa região não há montanhas. Se o mar aumentar, não sobrará nada. Tudo ficará submerso. E eu me preocupo com os povos da Amazônia, pois o meu povo se identifica muito com eles. Somos pessoas ligadas à natureza e utilizamos seus recursos para sobreviver.

IE: Como é um dia na vida de um esquimó?
AL: Na vila em que vivo existem três casas. Uma delas tem mais de 500 anos, a outra 150 e a mais nova foi feita há 70 anos. Agora estamos meio espalhados pelo mundo. Mas voltamos à nossa casa sempre em julho. Na vila na qual eu vivo, é possível acordar com o barulho do rio e com o canto dos pássaros que vivem ali. Depois saímos para caminhar, pescar e escalar montanhas. Costumamos seguir o leito de um rio até chegar no topo da montanha onde as águas ficam bem profundas e cheias de peixes. Esse rio e outros dois que existem na região nos garantem alimento para o ano todo. Também caçamos baleias, leões-marinhos e outros animais. Na vila de onde eu venho, é preciso caçar.

IE: Podemos dizer que essa seria uma forma de vida sustentável?
Al: Sim, nós levamos uma vida sustentável. Não temos shopping centers para fazer compras. Lá, você precisa caçar. Fazemos nossas próprias roupas, com a pele dos animais que caçamos, e elas são bem diferentes destas que estou usando hoje. Vivemos de uma maneira muito simples.

IE: E o que você pensa quando anda sozinho?
Al: Na minha terra não há árvores, nem pessoas, nem carros. Somente gelo. Quando saio para caminhar, sei que posso percorrer 2 quilômetros sem encontrar ninguém. Por isso, ando sozinho e em silêncio com meus próprios pensamentos. Gosto de estar em contato com a mãe natureza e de escutar seus barulhos. Quando durmo no chão, posso sentir a vibração da terra. Isso nos faz perceber que a terra é viva e precisa de cuidados.

IE: Como você vê nossa sociedade?
Al: Penso que o ser humano encontrou um sistema muito complicado para viver. Vocês levam uma vida muito difícil. Sempre que venho a São Paulo fico impressionado com a quantidade de gente vivendo no mesmo espaço. Acho estranho encontrar tanta gente na rua e não parar para cumprimentar ninguém. As pessoas passam por você sem perguntar como vai sua família. A gente nem sabe o nome delas. Não consigo entender como vocês fazem isso. É uma forma de vida muito diferente da minha. Veja o Brasil, por exemplo. É um país enorme e com grande potencial agrícola. Ainda assim, não é capaz de alimentar seu próprio povo. Precisa importar coisas de lugares distantes, como a Índia e a China. Na minha visão, isso não é eficiente. As pessoas pensam que são muito espertas porque aprenderam a ler, a escrever e a fazer contas. São orgulhosas de sua profissão, mas esquecem que não serão capazes de se adaptar às mudanças que o planeta irá sofrer. Eu estarei bem, pois sou um caçador e saberei me virar. Mas me preocupo com as outras pessoas, como as que vivem aqui em São Paulo. E o que está acontecendo com o planeta é culpa de todo mundo.

IE: O que seria preciso fazer para mudar essa situação?
Al: O homem precisa derreter o gelo que há em seu coração. O homem esqueceu a beleza do mundo. Ficou tão ocupado com a vida moderna que esqueceu sua própria beleza.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

InterfaceFlor: Inspirar as pessoas

Inspirar as pessoas é o melhor caminho para a gestão sustentável, diz Claude Ouimet

Em 1994, a InterfaceFlor, uma das maiores fabricantes de carpetes em placa do mundo, com plantas nos Estados Unidos e no Canadá, decidiu mudar sua maneira de fazer negócios. Sensibilizado com as questões ambientais, seu presidente, Ray Anderson, implementou na empresa um processo de gestão sustentável que se tornou um ícone da sustentabilidade. A empresa alterou sua forma de produção e passou a cuidar de todo o ciclo de vida de seus produtos.

Essa história é contada pelo próprio Ray Anderson no documentário The Corporation, produzido por Jennifer Abbott e Mark Achbar, com base no livro homônimo de Joel Bakan. No filme, que mostra crimes ambientais cometidos pelas multinacionais e analisa a relação das corporações com o meio ambiente, Anderson fala dos motivos que o fizeram repensar a maneira como conduzia as atividades da empresa. Trechos de The Corporation foram apresentados durante um encontro com Claude Ouimet, vice-presidente da InterfaceFlor para a América Latina e Canadá, que o Instituto Ethos realizou no dia 1º. de novembro, em sua sede, em São Paulo, para empresas associadas, parceiros e jornalistas.

"Como fazemos isso?", pergunta Claude. "Passamos a trabalhar em função das pessoas, pois sem elas as empresas não existiriam. E entendemos que a empresa deveria realizar suas atividades de forma digna e sem prejudicar a sociedade."

Para saber até que ponto a InterfaceFlor impactava o meio ambiente, foi preciso fazer uma "fotografia" da real situação da empresa. Com as informações em mãos, a organização pôde traçar um plano de ação e estabelecer a ousada meta de se tornar sustentável até 2020.

Uma das soluções encontradas pela empresa para reduzir seus impactos ambientais foi reutilizar ou reciclar os carpetes que produz. A InterfaceFlor conta hoje com pessoas que telefonam para os clientes um certo período após a compra para saber se eles pretendem trocar o carpete. Quando a resposta é positiva, funcionários da InterfaceFlor vão até a casa da pessoa e retiram o produto usado. Em vez de ser jogado no lixo, o carpete velho passa por um processo industrial chamado de peletização, o qual transforma o material em grânulos que podem ser usados novamente como matéria-prima. "Não seria possível usar esse sistema em toda a nossa produção, pois teríamos de conseguir grandes quantidades de grânulos. Mas, hoje, cerca de 10% dos carpetes que produzimos vêm de material reciclado", diz Ouimet.

Outra forma de reduzir impactos foi atuar junto aos fornecedores. A InterfaceFlor passou a observar todas as empresas que faziam parte de sua cadeia de valor, analisar os produtos e serviços fornecidos por cada uma delas e questionar sobre o impacto que eles representavam para o meio ambiente. Com base nesse trabalho, a empresa conseguiu reduzir, de 1995 até hoje, 72% das emissões de gás carbônico, 68% do uso de eletricidade e 95% do consumo de água durante o processo de produção de carpetes na fábrica localizada no Canadá.

O grande desperdício acontecia durante a confecção das estampas dos carpetes. Segundo Ouimet, para fazer os decalques em cada metro quadrado de carpete eram necessários 55 galões de água. "Sendo a água um recurso natural tão importante, por que gastar tanta água para estampar um carpete?", questionava ele. "Ora, as estampas não faziam nenhuma diferença no desempenho do produto. Então decidimos eliminá-las."

A redução do consumo foi tão grande que, no início dos novos procedimentos, a companhia responsável pelo fornecimento de água da cidade alertou a fábrica para um possível defeito no medidor. "Pensaram que havia alguma coisa errada, pois o medidor passou a registrar apenas um terço do total de água que estávamos acostumávamos a usar."

O mesmo aconteceu com o consumo de energia. Hoje, toda a energia usada pela InterfaceFlor passou a ser renovável. Essa decisão demandou um alto investimento inicial, mas o retorno valeu a pena. Calcula-se que nos últimos treze anos a empresa tenha economizado US$ 335 milhões. "Ao eliminar tudo que está sendo desperdiçado, é possível perceber onde a empresa pode ganhar dinheiro", afirma Ouimet.

Outro ganho veio com a mudança na composição da cola usada para fixar o carpete. A empresa eliminou todos os produtos tóxicos usados em sua fabricação. Essa decisão permitiu que a empresa não apenas economizasse a energia empregada no processamento desse material, mas também deixasse de gastar com a obtenção das certificações exigidas pelos governos americano e canadense para uso de tais produtos.

Gravata para quê?

Certa vez, durante um evento no qual todos estavam vestidos formalmente, Paul Hawken, ambientalista, empresário e autor de várias obras sobre sustentabilidade, perguntou a Claude Ouimet se ele sabia qual era o impacto ambiental da sua gravata.

"Certamente eu não sabia responder", conta Claude. "Então Hawken me falou sobre todos os recursos naturais despendidos no processo de produção do poliéster, material mais comumente usado para fazer gravatas. Eu me senti ridículo e desde então não uso mais gravatas", confessa.

Essa é uma das histórias contadas por Ouimet para exemplificar que as pessoas precisam ter consciência dos impactos ambientais dos produtos que elas normalmente usam. "A sociedade precisa questionar-se sobre os processos de produção adotados pelas empresas. É preciso perguntar se vale a pena usar tantos recursos naturais para fabricar determinado produto", explica. "Temos de entender que, na verdade, o que precisamos é apenas de amor e carinho. O resto podemos dizer que seria legal se tivéssemos, mas é preciso reconhecer que muitas coisas do nosso dia-a-dia não são essenciais."

Segundo Ouimet, uma forma de avaliar o impacto dos produtos sobre o meio ambiente é pedir às empresas que passem a oferecer informações sobre o ciclo de vida de tudo aquilo que colocam no mercado para vender. "Ainda não possuímos mecanismos para comparar os produtos nesse aspecto. Mas acredito que essa seja a grande saída para um mundo melhor", afirma.

Gestão inspiradora

Embora o processo de medir impactos seja muito importante, Ouimet está convencido de que, para obter resultados positivos numa gestão sustentável, é preciso haver inspiração. "Se você realmente quer que as coisas aconteçam de outra forma, é preciso inspirar as pessoas. Ninguém tem a fórmula da gestão socialmente responsável. E mesmo que tivesse não poderia envolver as pessoas nesse movimento sem mostrar o propósito de tudo isso", explica. "O que quero dizer é que posso conceber todas as fórmulas do mundo e empregar todo o meu conhecimento, mas nunca farei grandes mudanças se não for capaz de inspirar as pessoas."

A coletividade também deve ser vista pela empresa como uma peça fundamental para o avanço das boas práticas. Quando pensamos de forma coletiva, diz ele, passamos a ver coisas que não enxergávamos antes. "É preciso que cada pessoa use seu talento para encontrar soluções para os problemas com perspectivas diferentes. Se eu sonhar sozinho, tudo será apenas um sonho. Mas, se tivermos um sonho coletivo, estaremos começando uma nova realidade."

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Bancos de Plástico

Pessoal, sábado não me lembro em que jornal, mostrou uma chamada de bancos feitos de plásticos de reciclagem.Não pude assistir, mas meu sogro explicou-me.Esqueci de perguntar onde estão fazendo isso.Vou me informar melhor.Adiando que o plástico é fundido e depois prensado, resultando em tábuas, que fixadas com parafusos viram bancos para uso em praças, etc...Mais uma utilidade para as malditas sacolinhas....
O blog está muito legal...parabéns a todos

sábado, 10 de novembro de 2007

A cabeça do brasileiro

Amigos,

Seguindo sugestão da Tati, posto este texto sobre "a cabeça do brasileiro" - que havia enviado por e-mail há um tempo. Para respirarmos fundo e refletirmos melhor sobre nossos valores e o de nosso compatritas, ao invés de enxergar as posturas do governo como um mundo à parte...


Tolerância à corrupção sobe com falta de escolaridade

Livro mostra que educação promove o grande corte social e ético do Brasil e é a principal matriz a transmitir valores republicanos às pessoas
Carlos Marchi

Quanto mais baixa a escolaridade, maior a tolerância do brasileiro com a corrupção, que não existe, portanto, por culpa exclusiva de uma elite política perversa, mas é aceita por amplos segmentos da sociedade. A explicação está no livro A cabeça do brasileiro, do sociólogo Alberto Carlos Almeida, escrito a partir de uma pesquisa que captou os ''''core values'''' (valores enraizados) da sociedade brasileira.

O livro mostra que a educação é o grande corte social e ético do Brasil: os 57% de brasileiros que têm até o ensino fundamental são mais autoritários, mais estatistas e revelam menos valores democráticos; à medida que a escolaridade aumenta, os valores melhoram - o que, prova, segundo o autor, que a educação é a principal matriz a transmitir valores republicanos às pessoas.Almeida apurou que a tolerância à corrupção se confunde com a aceitação do ''''jeitinho'''': ''''O ''''jeitinho'''' é a ante-sala da corrupção'''', afirma ele. O diagnóstico é que, para ampliar seus valores, ter mais democracia e se tornar um País mais liberal (não no sentido ideológico, mas nos valores republicanos), o Brasil deve investir maciçamente em educação para mudar a sua pirâmide social: ''''Uma classe média majoritária será a maior barreira contra a corrupção'''', diz Almeida.

PIRÂMIDE DE VALORES

Essas constatações explicam, por exemplo, por que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito, apesar de fustigado por escândalos no ano da eleição. Almeida, no entanto, desvincula a pesquisa de situações conjunturais e diz que ela diagnostica um problema estrutural que explica os Brasis do passado, do presente e do futuro.A pesquisa mostra que em todas as questões que envolvem valores cívicos as posições mais modernas são constatadas no topo da pirâmide (os que têm ensino superior) e se degradam gradualmente, até chegar aos índices preocupantes recolhidos entre os analfabetos.

O ''''Brasil arcaico'''', que Almeida localiza na baixa escolaridade, tem peculiaridades que revelam seu distanciamento dos valores republicanos: apóia o jeitinho; é hierárquico, patrimonialista e fatalista; não confia nos amigos; não tem espírito público; defende a lei do talião; é contra o liberalismo sexual; apóia o intervencionismo do Estado na economia; é a favor da censura; e, por fim, é tolerante com a corrupção. A grande inflexão nos valores se dá na passagem do ensino fundamental para o ensino médio - no qual os valores já se aproximam dos que têm ensino superior -, o que faz Almeida sugerir que o País aposte todas as fichas na universalização do ensino médio.Com esse modelo de valores, concorda Almeida, não há surpresas quando o eleitorado brasileiro ignora denúncias de corrupção contra um presidente ou um partido: ''''Não é que os eleitores esquecem as denuncias. É que, para eles, elas não são importantes'''', observa.

A grande solução brasileira, diz ele, é investir pesado em educação para favorecer a agregação de valores republicanos: ''''Com uma multidão que respeita a lei, que abomina o jeitinho e não tolera a corrupção, haverá menos pessoas a punir'''', diz.

PROCESSO LENTO

A qualidade da democracia, registra Almeida, aumenta quando a população é mais escolarizada: ''''A democracia só é possível com níveis elevados de escolarização.'''' O economista americano Clifford Young, que ajudou Almeida a montar a pesquisa, diz que o livro diagnostica que o Brasil deve investir em educação como valor humano e também como valor democrático. Almeida opina que a radiografia da sociedade brasileira vai melhorar à medida que a escolaridade aumentar, mas esse é um processo que, apesar de contínuo, é muito lento. ''

''É a educação que comanda a mentalidade'''', sentencia.A tolerância à corrupção revela outro desvio: o brasileiro é patrimonialista e aceita com naturalidade que os políticos se apropriem dos bens públicos: 30% dos brasileiros definem como ''''favor'''', e não como corrupção, um funcionário público receber um presente de uma empresa, depois de ajudá-la a ganhar um contrato do governo - o que já é surpreendente. Mas entre os analfabetos, esse porcentual sobe para 57% (no nível superior, só 5% opinam assim).Do mesmo modo, 17% dos brasileiros concordam que alguém eleito para um cargo público possa usá-lo em benefício próprio, como se fosse sua propriedade; mas entre os analfabetos, a concordância chegou a 40% e entre os que têm até a 4ª série, foi de 31% (entre os que têm nível superior, só 3%).

Outro valor que impregna os brasileiros de baixa escolaridade é uma tendência inflexível de apoiar a intervenção do Estado na economia e na vida dos indivíduos, apesar de reconhecerem que o Estado é mais ineficiente que a empresa privada e a despeito de concederem melhor avaliação às instituições privadas do que às governamentais.Almeida explica: ''''Baixo nível de escolaridade resulta em renda mais baixa, a qual, por sua vez, leva a um sentimento de incapacidade e impotência que faz essas pessoas considerarem o Estado uma espécie de grande pai protetor.'''' Isso bloqueia, por exemplo, aceitar a privatização de serviços básicos; por outro lado, os brasileiros de baixa escolaridade admitem com naturalidade a censura (56%, entre os analfabetos).

sábado, 20 de outubro de 2007

Saquinhos de supermercado - FORA

Adorei a postagem da Bru, e vou aproveitar para dar um depoimento pessoal.
Depois que falei com a Bru sobre o Blog, fiquei com esse negócio de saquinhos na cabeça também, estou com aversão a eles para falar a verdade.
Fui então no supermercado Pão de Açúcar e quando fui passar no caixa resolvi pedir uma caixa de papelão e não é que o rapaz que ajuda a embrulhar as coisas foi buscar. E deu certo!!!!
Acredito que isso não vá dar certo em todos os supermercados, por isso vou comprar as sacolas de feira, mas não custa perguntar né?

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Testemunho pessoal: sacolinhas plásticas II

Aqui vai a resposta do maridão àquele e-mail, com informações atuais bem interessantes sobre meio-ambiente:

"Primeiro: acho que você deveria ser uma contribuidora do blog da sua
irmã. Podia começar com esse texto, já!

Segundo: parece que vão substituir as latinhas de breja (100%
recicláveis, n vezes) por PET. Aí fudeu. Já tem lobby da AmBev e tchurma
pra adotar o PET. Adivinhem por quê? É mutcho mais baratinha!

Terceiro: e, finalmente, boa notícia. Semana passada foi feito, na CVM,
o primeiro leilão mundial (numa bolsa de valores) de crédito de carbono.
Foi um banco holandês, não o finado ABN Amro, mas o desconhecido Fortis
que comprou os certificados. Pagou 13 milhões de dólares. Graças ao
Aterro Bandeirantes - que transforma parte do metano emitido em energia
elétrica.

Quarto: o ar de São Paulo já está tão poluído quanto o de Cubatão na
década de 80 - quando esta cidade localizada no meio da mata atlântica
ficou conhecida como Vale da Morte.

Quinto: a China (com uma economia de 1/5 do tamanho da americana)
ultrapassou os yankees no topo do ranking de maior nação poluidora do
mundo. Numa revista da semana, já se fala em colapso econômico na China
por causa da poluição.

Sexto: uma vez vi um anúncio americano muito bom sobre colapso global,
dizia: "Lembrem-se: no ônibus espacial só cabem 9 pessoas".

Beijundas,
G"

Testemunho pessoal: sacolinhas plásticas

Vou transcrever aqui um e-mail que escrevi prum grupo de amigos, inspirada em várias coisas que procurei e li, depois de começar a acessar esse blog. Espero que vcs curtam...

"Já vinha pensando no lance dos sacos plásticos, mas agora noiei de verdade. Sei lá, começou com um e-mail que recebi hj da minha irmã, sobre um blog que ela montou com amigos pra falar de atitudes ecológicas (http://atoconsciente.blogspot.com). Fui procurar outras informações, li um monte de coisas em vários lugares (ex: http://facaasuaparte.blogspot.com/2007/09/o-fim-da-minha-ingenuidade-ambiental.html, http://noimpactman.typepad.com/blog/) e noiei forte.

Foi bem natural, pra mim, começar a recusar os panfletos que a galera costuma entregar nos faróis. Odiava ter aquela lixarada no carro, bastava dizer "não, obrigada" e beleza. Mesmo porque não via utilidade nenhuma em pegar aquilo, não tava procurando apê e, mesmo se estivesse, sempre que penso em procurar alguma informação, a internet supre isso e vai além, então pra quê pegar a porra da propaganda, se nem guardar pra ver depois eu vou? Uma vez, depois de anos, vacilei e peguei: fiquei me sentindo mal. Beleza, automatizou.

O lance da reciclagem foi um pouco mais árduo. Eu e o G (meu marido) pensamos em fazer isso qdo fomos morar juntos, daí uns amigos foram jantar em casa e falaram que tinham dó de jogar até a pontinha da caixa do leite no lixo normal (eu pensei "nossa, que exagero"), mas de qq jeito, a sementinha foi plantada. No começo, a gente tinha que levar o lixo até o Pão de Açúcar, mas uma vez que começamos, não dava mais pra parar. Olhava aquela garrafona PET e pensava "nem fudendo que vou deixar isso ir pro aterro sanitário!", mesmo que ela ficasse bastante tempo em casa até termos tempo de levar tudo até o supermercado. Depois, começou a ter coleta seletiva no prédio e, maravilha, era só colocar no latão de lixo certo no hall da saída de incêndio (qdo o vizinho doido não roubava o dito-cujo). Qdo mudamos pra casa nova, demorou pra começarmos de novo, a gente tinha outras mil coisas pra resolver, não sabíamos o dia da coleta, não podia colocar o lixo pra fora no dia e na hora errada, mas, com a ajuda da faxineira (pasmem!) a coisa emendou.

Lá em casa temos 2 porta-sacos, ou "puxa-sacos" pra quem preferir o trocadilho. Vivem cheios e às vezes não tem nem como "tuxar" mais. Essa última vez que fomos no supermercado, nem lembrei de levar sacolas de casa. Depois veio aquela culpa. E hoje, depois de ler tanta coisa a respeito, noiei e resolvi tentar automatizar esse lance, que nem fiz com os panfletos do farol e a reciclagem. E a caneca que trouxe pro trampo pra não usar mais copo descartável.

Vou comprar duas sacolas de lona. Uma maior, outra menor e já deixar no carro. Espero criar o hábito de andar com elas pra cima e pra baixo. Espero criar horror de saco plástico. Um dia, quem sabe, vão inventar uma sacolinha feita daquela película de celulose, 100% biodegradável, a mesma das sedinhas. Se é que já não existe. Mas até lá, espero já estar craque em levar tudo nas minhas sacolas de lona.

Inclusive lembrei que, qdo morei no Canadá, fui a primeira vez no super e o empacotador perguntou "plástico ou papel"? Fui pêga desprevenida, preferi a de plástico, que conhecia melhor e que não rasga se alguma coisa molha o fundo dela. Depois me toquei. E, por necessidade, não usava nem as de papel, enfiava tudo na mochila, porque de bike é meio tenso segurar as sacolinhas junto com o guidão (tentei isso e tomei tombo). Na volta pro Brasil, rolou aquela re-inserção na rotina da casa dos meus pais, o super não dava opção e o "pseudo-hippie way of life" foi embora rapidinho.

Certeza que essa atitude de recusar as sacolinhas ainda é muito pouco. Certeza que nunca vou abrir mão do banho quente. Certeza que não vai rolar vir de bike pro trampo. Tem certas coisas que não adianta ser hipócrita e ficar achando que vai fazer. Mas os sacos plásticos, eu pretendo de coração extirpar da minha vida. Mesmo que isso não signifique nada comparado aos trilhões de sacos que continuarão a ser produzidos, usados e jogados no lixo.

É pra mim. É só pra ficar um pouco menos na nóia, mesmo.

Bru

PS: quem sabe mandando esse e-mail, o compromisso de colocar isso em prática fica mais forte..."

Desculpem o texto enorme, mas, pelas respostas que recebi depois, acabei me convencendo de que seria legal postar aqui esse desabafo.

Uma atualização da minha jornada de recusa às sacolinhas plásticas: não precisei comprar as sacolas de lona, achei 3 sacolas legais em casa! Mas o desafio maior será na próxima compra de mês. Mantenho-os informados.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Óleo de Cozinha parte II

Queridos,

Complementando o post da Tati sobre reciclagem de óleo de cozinha através do Pão de Açúcar, recebi esta info complementar da Sabrina:

"Se o Pão de Açucar mais perto de você ainda não tem o coletor, ligue para o SAC e peça que seja providenciado rapidamente: 0800-7-732-732

Independente disso, pare imediatamente de jogar óleo pelo esgoto, armazene em garrafas e jogue no lixo reciclável, mas não jogue nos rios!

Se você quer ajudar mais:

- Divulgue esta informação
- Pegue folhetos informativos nas lojas Pão de Açucar e distribua para vizinhos, amigos e parentes.

É assim que ajudamos o planeta!"

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Estados Unidos - Os novos servos da gleba

Estados Unidos - Os novos servos da gleba

Por Por Mark Sommer (*)



Arcata, Califórnia, outubro/2007 – Os norte-americanos desfrutam de uma vantagem em sua economia pessoal porque pagam pelos alimentos que consomem menos do que qualquer outra nação. Por outro lado, esses alimentos baratos são consideravelmente caros para a saúde, a segurança, os salários e as condições de trabalho dos profissionais, imigrantes em sua ampla maioria, que produzem tais alimentos nos Estados Unidos. O sistema industrial que fornece esses alimentos está implicado na utilização de mão-de-obra barata e se aproveita do pouco rigor na aplicação de leis, já débeis, o que significa freqüentemente perigosas condições de trabalho, abusos físicos e sexuais que em casos extremos são comparados a uma moderna escravidão.

Em alguns aspectos, as condições de trabalho para estas pessoas são apenas algo melhor do que as documentadas pelo jornalista Edward R. Murrow há meio século, quando revelou a existência nos Estados Unidos de uma até então desconhecida classe marginal de trabalhadores imigrantes que suportavam explorações de todo tipo durante as colheitas de tomates em meados dos anos 50 em Immokalee, na Flórida. Ali, com em muitas outras partes dos Estados Unidos, imigrantes, em sua maioria da América Central, colhiam produtos alimentícios que eles mesmos não tinham condições de comprar.

Atualmente, a mesma região é cenário de uma luta épica dos trabalhadores imigrantes que reclamam condições decentes de trabalho. Eles vivem, em média, cerca de 49 anos, enquanto a média de vida dos norte-americanos é de 78 anos. a renda média anual é de apenas US$ 7.500 (US$ 6.500 na Flórida) enquanto a renda familiar média nos Estados Unidos é de US$ 48 mil. Se for levada em conta a inflação, a renda dos trabalhadores imigrantes caiu 60% nos últimos 20 anos. Anualmente, 20 mil trabalhadores rurais requerem tratamento médico por envenenamento grave causado pelos pesticidas, e muitos outros casos não são denunciados.

Enquanto os agricultores da Flórida recebem US$ 10 por uma caixa de 25 libras de tomate, os apanhadores recebem US$ 0,45 por 32 libras, ou seja, menos que 5% do que obtêm os produtores. Mas, o agricultor não é o grande ganhador neste sistema. As grandes redes de refeições rápidas exercem uma intensa pressão para baixo no pagamento aos produtores, que, por sua vez, reduzem os salários dos trabalhadores para manterem sua própria margem de lucro.

Diante dessas sombrias realidades, no início da década de 90 um grupo de trabalhadores agrícolas da Flórida que se autodenominou Coalizão of Immokalee Workers (CIW) começou a se organizar. Por meio de paralisações parciais e greves gerais, em 1998 os trabalhadores de Immokalle obtiveram das indústrias de alimentos aumentos entre 13% e 25%. Uma série de campanhas publicitárias teve êxito em persuadir Taco Bell, Pizza Hut, MacDonald’s e outras empresas a aumentar em um centavo por libra o pagamento dos trabalhadores de Immokalee.

Entretanto, para dar condições de subsistência plena aos trabalhadores imigrantes falta mais do que aumento salarial. É necessária uma mudança sistêmica. Não apenas deverão ser pagos salários dignos aos trabalhadores rurais, mas também as normas governamentais devem levar às práticas trabalhistas agrícolas à altura dos padrões dos direitos humanos globais.

Este ano é um problema apenas dos Estados Unidos. Em um cada vez mais integrado sistema global de produção de alimentos, os consumidores ricos da América do Norte e da Europa estão acostumados a aguardar baixos preços nos alimentos. Porém, esses preços, que são baixos para eles, têm grandes custos escondidos em matéria de combustíveis e transporte, devastação ambiental, exploração dos trabalhadores e de conflitos sociais.

Grande parte dos alimentos que chegam às nossas mesas nos Estados Unidos foram cultivados e colhidos em lugares distantes por agricultores marginalizados que recebem uma minúscula porção do que nós pagamos por esses produtos. Expulsos de suas terras pelos absurdamente baixos preços das matérias-primas, acabam por se aglomerarem nas cidades do mundo em desenvolvimento em busca de trabalho.

O fabricante de automóveis Henry Ford, um capitalista que agia em seu próprio interesse, entendeu este principio elementar quando insistiu em pagar aos seus trabalhadores o suficiente para que pudessem comprar os automóveis que construíam. Quanto queremos pagar pelos alimentos que comemos para assegurar que aqueles cujo trabalho traz essa comida também possam comê-la?

(*) Mark Sommer, diretor do programa de radio internacional A world of possibilities (http://www.awordofpossibilities.com).
(Envolverde/ IPS)

domingo, 14 de outubro de 2007

"Um lar de desperdício"

Descobri no canal pago GNT a série britânica “Um Lar de Desperdício”, voltada para economia de recursos energéticos no lar.

"Em cada episódio, Penney Poyzer, uma especialista em economia de energia e reciclagem de lixo, visita uma casa para saber como está o consumo da família que mora no local. Ela investiga se há desperdício de água, energia, gás, e confere se estão reciclando o lixo. A idéia é despertar a consciência ecológica e ensinar a gastar com responsabilidade." (do blog Folha Verde)

O interessante é que o programa procura unir a abordagem ecológico-consciente à prática: a apresentadora procura sempre mostrar às famílias o quanto de dinheiro elas estão economizando com cada uma de suas ações de redução de desperdício.

Interessou? Abaixo vídeos legendados do primeiro programa, encontrados através do blog Folha Verde.

Aproveitem!

Episódio 01 - Parte 01



Episódio 01 - Parte 02



Episódio 01 - Parte 03

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Água Mineral: Um sucesso que ameaça o meio ambiente

Água mineral: Um sucesso que ameaça o meio ambiente
A mais promissora área da indústria de bebidas representa uma ameaça para o meio ambiente e para as mais de um bilhão de pessoas que não têm acesso adequado à água. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (09), pelo WorldWatch Institute (WWI), a indústria de água mineral é a que mais cresce no mundo, colocando em risco as nascentes e as reservas aquáticas subterrâneas. Além disso o processamento e o transporte da água mineral exigem volumes significativos de energia. Para finalizar, milhões de toneladas de polietileno tereftalato (PET) são utilizadas para fabricar as garrafas que embalam o líquido, sendo que a grande maioria delas não é encaminhada para reciclagem. Pelos cálculos do WWI, anualmente, cerca de dois milhões de toneladas de garrafa PET vão parar nos aterros sanitários dos Estados Unidos, aumentando o volume do lixo, impermeabilizando o solo e dificultando a decomposição de outros resíduos.A International Bottled Water Association (Associação Internacional de Água Engarrafada) informou que, em 2005, o Brasil se tornou o quarto maior consumidor mundial de água mineral, tendo superado Itália, Alemanha e França.Entre 2000 e 2005, a demanda brasileira por água engarrafada cresceu praticamente 80% e o consumo per capita aumentou 68% nesse mesmo período. Nossa situação só não é tão grave como a de outros países porque em termos de reciclagem estamos um pouco melhor do que a média. Nos Estados Unidos, o grau de reciclagem das garrafas PET está decaindo. Chegou a 23,1% em 2005, depois de ter atingido um percentual de 39,7% em 1997. No Brasil, ao contrário, quase a metade das garrafas PET são encaminhadas para a reciclagem. Em 2005, 47% delas foram reprocessadas, segundo dados do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre). Por outro lado, sabemos que no Brasil, as garrafas que não seguem para reciclagem quase nunca vão para aterros sanitários. Acabam em lixões, terrenos baldios, praias e rios, como é fácil constatar.O consumidor consciente pode ajudar a resolver o problema simplesmente instalando um filtro em sua casa e deixando de lado a água mineral. Assim, ele vai reduzir a pressão exploratória sobre as nascentes de água, economizar a energia que é gasta no processamento e no transporte da água engarrafada, e diminuir a demanda por garrafas PET. A sociedade, o meio ambiente e o seu bolso agradecem, já que a água mineral custa entre 20 e 10 mil vezes mais do que a água corrente da torneira. (Envolverde/Instituto Akatu)

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Esses dias na rádio CBN foi divulgada a informação da parceria do Carrefour com uma ONG para tornar viável a reciclagem do isopor.Tinha-se a lenda de que isopores não são recicláveis, mas isto se deve ao fato deles serem muito leves e portanto, pouco rentáveis.
Nas lojas Carrefour, estão sendo recolhidos isopores para reciclagem.
Portanto, quando você comprar uma mussarela, um presunto, um eletrodoméstico, etc, lembre-se de reciclar as embalagens
O isopor é um dos plásticos que mais demora para se decompor no meio ambiente

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Mudança

"Devemos ser a mudança que queremos para o mundo" - Gandhi

Que tal colocarmos sites relacionados para que quem entre no blog faça sua pesquisa?

Óleo de cozinha

Óleo de Cozinha – Dicas para coleta

Um litro de óleo de cozinha jogado fora contamina um milhão de litros de água, além de obstruir canos das redes de esgoto. No comércio, a coleta já é feita há anos. Agora começam a surgir alternativas para as casas.
Em São Paulo, a ONG Trevo faz coleta há três meses, de graça. O interessado deve telefonar e combinar o dia, desde que tenha armazenado mais de 30 litros (mais viável para condomínios). O Pão de Açucar aceita óleo em PET de dois litros, por enquanto em nove unidades.
(Folha de São Paulo, 29 de Setembro de 2007)

O óleo de cozinha, quando descartado de forma inadequada no meio ambiente, atinge os rios prejudicando a impermeabilização dos leitos e terrenos do entorno e contribuindo para a ocorrência de enchentes.
Junte o seu óleo e participe desta nova atitude a favor do planeta.

Como entregar o óleo nas estações de reciclagem?
• Depois que o óleo esfriar, armazene em uma garrafa PET (àquelas de refrigerante).
• Tampe bem e deposite-a no coletor marrom, que você encontra em 9 Estações de Reciclagem Pão de Açúcar – Unilever.
Os PET´s recebidos também serão reciclados.
Lojas Pão de Açúcar que já possuem o coletor de óleo cozinha:
Borba Gato • Brooklin • Real Parque • Morumbi • Pedroso • Portal • Ricardo Jaffet • Santo Amaro • Carneiro da Cunha

http://www.grupopaodeacucar.com.br/meioambiente/
Trevo (SP): 11 35312116

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Brasileiro gasta mais com o carro do que com educação

Fenômeno ocorre mesmo entre famílias com filhos, mais ricas e escolarizadas.

Valor gasto com impostos também supera despesas destinadas a cursos, escolas ou material didático, aponta análise feita pelo IBGE.

Os brasileiros, mesmo os mais escolarizados, mais ricos ou os que têm filhos, gastam mais mensalmente com carro do que com educação. O valor que pagam em impostos também supera os pagamentos destinados a cursos, escolas ou aquisição de material didático.Segundo a análise feita pelo IBGE na POF, o valor destinado à educação nas famílias em que o responsável pelo domicílio tem ao menos o ensino médio completo (11 anos ou mais de estudo) corresponde a 4,9% de seu orçamento. Já o gasto com aquisição de veículos ou combustível representa 10,8%.Entre brasileiros que chegaram a cursar o primeiro ciclo do ensino fundamental (que vai da 1ª à 4ª série), mas não o concluíram, o gasto familiar com educação é de 1,4% do orçamento, percentual igualmente menor do que o verificado para os gastos com aquisição de veículos ou combustível (6,9%).O gasto com impostos também supera, nessas faixas de escolaridade, a despesa com educação. No caso dos mais escolarizados (11 anos ou mais de estudo), ele chega a 6,4%. Entre os que têm entre 1 e 3 anos de estudo, é de 2,1%.A mesma realidade -gastos com veículos superando o investimento em educação- é verificada mesmo quando se compara apenas casais com filhos -que, em tese, teriam mais gastos educacionais. Nesse caso, a proporção do orçamento que vai para a educação, independentemente do nível socieconômico do chefe de família, é de 3,9%, enquanto o gasto com aquisição de veículo e combustível fica em 10,2%.Para o pesquisador do IBGE José Mauro de Freitas Júnior, é preciso considerar nessa comparação que, no caso da educação, famílias com filhos na escola pública não têm gastos com mensalidades escolares. Como se sabe -pela Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio- que 87% das crianças de 7 a 17 anos estudam na rede pública, isso pode fazer a diferença na comparação."É preciso lembrar que, até um determinado nível de ensino, a educação é uma obrigação do Estado. Também não estamos discutindo a qualidade da escola pública", diz Freitas.Porém, tabulação feita pela Folha nos dados da POF mostra que, mesmo quando se analisa apenas as famílias de maior renda - e com mais capacidade de pagar escola particular- e onde há mais de dois moradores no domicílio -não se tratando, portanto, de casal sem filhos-, o maior dispêndio em veículos em comparação com a educação se mantém.Quando o investimento em educação é comparado com a faixa etária do chefe de família, o maior gasto proporcional aparece entre os brasileiros que estão entre os 40 e 49 anos.O gerente da Pesquisa de Orçamentos Familiares, Edilson Nascimento da Silva, explica que essa é a população que está em seu pico de produtividade em termos de rendimento no mercado de trabalho. Com mais renda, é natural que sobrem recursos para despesas com educação.A POF revela também que a presença de uma pessoa com nível superior eleva significativamente a renda familiar.Essa situação, no entanto, corresponde a apenas 16% das famílias. Nas demais, nenhum membro atingiu nível superior.Em todas as classes sociais analisadas, no entanto, alimentação, habitação e transporte são os itens que mais pesam no orçamento familiar.

NELSON MANDELA, GENIAL

Galera, a Sabrina me mandou isto e compartilho, pois creio que tem a ver com todos nós e com nosso idealismo. Espero que gostem.

NOSSO MEDO
por Nelson Mandela

Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados.

Nosso medo mais profundo é que somos poderosos além de qualquer medida.

É a nossa luz, não as nossas trevas, o que mais nos apavora.

Nós nos perguntamos:
- Quem sou eu para ser brilhante, maravilhoso, talentoso e fabuloso?

Na realidade, quem é você para não ser?

Você é filho do Universo.

Se você se fizer de pequeno não ajudará o mundo, não há iluminação em se encolher para que os outros não se sintam inseguros quando estiverem perto de você.

Nascemos para manifestar a glória do Universo que está dentro de nós.

Não está apenas em um de nós, está em todos nós.

Conforme deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo.

Quando nos libertamos dos nossos medos, nossa presença automaticamente libera os outros.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Dicas para colaborar com o meio-ambiente no dia-a-dia

Minha amiga Isabella mandou isto. Muito interessante, um guia prático e objetivo de pequenas ações para contribuirmos com o meio-ambiente no dia-a-dia.

O que podemos fazer para deter o aquecimento global?

Por Autor Desconhecido em 15/05/2007.

Definitivamente, cada um de nós pode e deve colocar seu grão de areia. É o nosso Planeta, nossa casa, nossa vida, a vida de nossos filhos, nossos netos.

O QUE PODEMOS FAZER EM CASA

Após a reunião dos peritos da ONU sobre a mudança climática - (realizada em 1ºfev2007, Paris) - foi determinado que restam só 10 anos para que possamos frear a catástrofe ambiental e climática que se aproxima. A responsabilidade não é só política e empresarial, mas também a postura de cada habitante da Terra diante do fenômeno é a chave para salvar o Planeta, nossas vidas e as futuras gerações. Não mais protestos inúteis, pois INFORMAÇÃO e AÇÃO farão a diferença.

A ÁGUA
— Consuma o justo. Evite gasto desnecessário.
— Não esvazie a CISTERNA desnecessariamente e ao fazê-lo, utilize a água armazenada.
— Repare imediatamente os VAZAMENTOS: 10 gotas de água por minuto desperdiçam 2 mil litros de água por ano. B A N H E I R O
— Não jogue no VASO SANITÁRIO cotonetes, papéis, pontas de cigarro, compressas, ob ou preservativos: utilize a lata do lixo.
— Gel, xampu e detergentes são contaminadores. Usá-los moderadamente e se possível optar por produtos ecológicos.
— Prefira DUCHA à imersão (banheira). Economiza 7mil litros p/ ano.
— Mantenha a ducha aberta só o tempo indispensável, fechando-a enquanto se ensaboa.
— Não deixe a torneira aberta enquanto escovar os dentes ou barbear. C O Z I N H A
— Não lave os alimentos com a TORNEIRA aberta, utiliza um recipiente. Ao terminar, esta água pode ser aproveitada para regar as plantas.
— Utilize a máquina de lavar louças na sua capacidade máxima.
— Não despeje óleo usado na pia ou vaso sanitário, ele flutuará sobre a água e é muito difícil de eliminar.

L A V A N D E R I A
— Utilize a MÁQUINA DE LAVAR somente quando estiver cheia totalmente.
— Reutilize totalmente ou parte da água da máquina: para limpar pisos ou calçadas, por exemplo.

J A R D I M
— O melhor momento para regar é à tardinha, menor evaporação.
— Utilizar água não potável para regar jardins e calçadas; de cozimento de alimentos para regar as plantas.
— Prefira plantas nativas, que requerem menos cuidados e menos água, além de preservarem o ecossistema.
— Não esquecer de plantar a SUA ÁRVORE, ao menos uma vez vida.

LIXO
— Mais da metade da produção industrial é reciclável. Por que não RECICLAR e ECONOMIZAR?
— Não jogue nenhum tipo de lixo no MAR, RIOS e LAGOS.
— Recuperar caixas de papelão e embalagens de papel contribui para que diminua o corte árvores, responsáveis pela captação do gás metano e da purificação do ar.
— Reutilizar 100k de papel salva a vida de, pelo menos, 7 árvores.
— Selecionar o lixo que produzir. Consulte Prefeitura ou Condomínio, sobre a possibilidade de um SISTEMA SELETIVO DO LIXO.
— Use sempre vasilhas RETORNÁVEIS.
— Escolha sempre que puder vasilhame de VIDRO no lugar de plástico, “tetrapack”e alumínio. — Não esbanje guardanapos, lencinhos, papel higiênico ou outros.
— Existem cooperativas e empresas que absorvem estes materiais recicláveis como: jornais, livros velhos, garrafas, metais,etc.

LEI DOS 3 ERRES
— o RECICLAR- (transformar em novas propostas de utilização)
— o REDUZIR - (o consumo desnecessário e irresponsável).
— o REUTILIZAR - os bens.

ALIMENTAÇÃO
— Diminua o consumo de carnes vermelhas. A criação bovina contribui para o aquecimento global, pela devastação de árvores e ecossistemas e a diminuição dos rios.
— Produzir 1 kilo de carne gasta mais água do que 365 duchas.
— Não consuma enlatados (como o atum, por exemplo, em via de extinção). Produzi-los consome muitos recursos e energia.
— Evite alimentos - transgênicos - (OMG nismo manipulado geneticamente), sua produção contamina os Ecossistemas, deteriorando o meio-ambiente.
— Não consuma animais exóticos, como tartaruga, jacaré, etc.
— Consuma mais frutas, verduras e legumes do que carnes. — Nunca compre pescados pequenos para consumir.
— Se possível, consuma alimentos ecológicos (sem pesticidas, sem inseticidas, etc.)

ENERGIA
— Não consuma em excesso, diminua o seu consumo diário.
— Use água quente somente se necessário e o necessário; acenda o aquecedor somente 2 h p/dia, graduando-o entre 50 e 60ºC.
— Se puder, use banho com água fria, que é mais saudável.
— Evite o FERRO, o AQUECEDOR e a MÁQUINA DE LAVAR em excesso, pois gastam muita energia, esgotando os recursos naturais.
— O PETRÓLEO, o CARVÃO e o GÁS, utilizados para atender a demanda energética, são combustíveis geradores de gases, como o dióxido de carbono, e aumentam temperatura global. — Melhor cozinhar com gás do que com energia elétrica.
— Desligue a TV, rádio, luzes, computador (tela) se não estiver usando.
— No local de trabalho, apague as luzes de zonas pouco utilizadas.
— Utilize lâmpadas de baixo consumo de energia.
— Modere o consumo de latas de alumínio.
— Não compre ou use produtos de PVC em nada, contamina muitíssimo e não é reciclável.

TRANSPORTE
— Diminua o uso do veículo particular, faça-o de forma eficiente.
— Não viaje só, organize traslados em grupos ou em transporte coletivo.
— Calibre satisfatoriamente os pneus, economizará gasolina e o motor não a queimará desnecessariamente.
— Revise a emissão de gases do seu veículo.
— Não acelere quando o veículo não estiver em movimento.
— Reduza o uso do ar-condicionado, pois ele reduz a potência e eleva o consumo de gasolina.
— Diminua a velocidade: nunca ultrapasse 110 km/h. Acima dessa velocidade há um excessivo consumo de combustível.
— Nunca sobrecarregue o veículo: mais peso, maior consumo de combustível.
— Comece a utilizar a bicicleta na medida do possível.

PAPEL
— Reduza o consumo de papel.
— Use habitualmente papel reciclado utilizando os dois lados.
— Fomente o uso de produtos feitos a partir de papel reciclado.
— Faça somente as fotocópias imprescindíveis.
— Reutilize as embalagens, caixas, etc. REJEITE PRODUTOS DESCARTÁVEIS (de um só uso).

EDUCAÇÃO
-Eduque os jovens e todos a quem conheça com relação à natureza

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Uma pergunta sobre sacos de lixo

Amigos,

Temos discutido pequenas atitudes ecológicas com relação a lixo e reciclagem. Eu tenho uma pergunta - talvez seja idiota, mas eu de fato desconheço a resposta: e os sacos de lixo em si? Temos mesmo de usar plástico ou existe alguma alternativa mais amigável ao meio ambiente?

Abreijos do Fer

O verdadeiro falso declínio da carne

Comer uma costela de boi bastante espessa, regularmente? Este prazer talvez se torne proibido para as gerações futuras, de tanto que a produção e o consumo de carne vêm fazendo a unanimidade contra eles. A tal ponto que um número crescente de pessoas, nos países ocidentais, já decidiu excluí-la de uma vez por todas do seu cardápio.
É extensa a lista dos malefícios gerados pela carne. Entre eles estão os riscos à saúde, uma vez que o seu consumo excessivo favorece as doenças cardiovasculares, a obesidade ou a diabete. Além disso, destaca-se, sobretudo, em nível mundial, o risco de desenvolvimento das epizootias (doenças virais ou infecciosas epidêmicas de origem animal) e o perigo que isso representa para a salvaguarda do planeta. Com efeito, as produções de origem animal - carne, ovos, laticínios - são extremamente poluentes. Os bilhões de toneladas de excreções que delas se originam engendram resíduos nitrogenados nos solos e nos rios. Além disso, a pecuária, por si só, representa 18% das emissões mundiais de gases de efeito-estufa. Ou seja, uma contribuição para o aquecimento climático que é mais elevada do que aquela dos transportes.
POLUIÇÃO: Na escala mundial, a criação é responsável por 65% das emissões de hemióxido de nitrogênio (azoto, essencialmente imputáveis ao esterco), enquanto o gado engendra 37% das emissões de metano.
CONSUMO: É preciso 4 kg de cereais para produzir 1 kg de frango, e 6 kg de grãos para 1 kg de porco. Este último necessita, além disso, de 4.600 litros de água. Esta quantidade aumenta para 13.500 litros para 1 kg de boi, enquanto apenas 1.000 litros de água são necessários para produzir 1 kg de trigo.
Um outro ponto negativo desta produção é constituído pelo seu próprio consumo. Os pastos ocupam 30% das superfícies emersas, enquanto mais de 40% dos cereais que são colhidos servem para alimentar não diretamente os homens, e sim o gado. Uma vez que as áreas disponíveis são insuficientes para atender à demanda, a criação de gado pode provocar o desmatamento de florestas. Além disso, a pecuária é grande consumidora de matéria-prima e de água... Resumindo, a produção animal vem sendo objeto de muitos questionamentos. Tanto mais que a Terra, daqui até 2050, terá 9 bilhões de bocas para alimentar.
Neste contexto, será o caso de se prever o fim da carne para este século, ou pelo menos o seu declínio? Muitos são os fatores que conduzem a acreditar nisso. Contudo, esta projeção é contestada por todos os especialistas em previsões. Ao contrário, o que se deve prever é um crescimento do consumo mundial. Com efeito, em todas as épocas, e em todos os países, o aumento da renda sempre foi acompanhado pela progressão do consumo de carne. E não há razão alguma para que esta tendência seja diferente nos países emergentes, dos quais virá o crescimento da população.
Com isso, entre 2007 e 2016, segundo as perspectivas apresentadas em conjunto pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) e a OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômicos), a produção mundial de carne deverá aumentar em 9,7% para o boi, em 18,5% para o porco e em 15,3% para o frango. Principalmente na Índia, na China e no Brasil. Daqui até 2050, a produção de carne poderia até mesmo duplicar, passando de 229 milhões de toneladas no início dos anos 2000 para 465 milhões. O mesmo ocorre para a produção de leite. Isso por conta da demografia, é claro, mas também por causa do aumento das necessidades em função da evolução da população (mais jovem, mais urbana, mais numerosa) e da modificação do regime alimentar.
"Nos países do Sul, a dificuldade é fazer com que as pessoas possam se alimentar. Neles, no decorrer dos últimos trinta anos, o consumo de carne diminuiu drasticamente, principalmente na África, e essa carência de proteínas animais faz com que as pessoas estejam em estado de desnutrição", lembra Renaud Lancelot, um encarregado de missão para questões de saúde animal no Centro de Cooperação Internacional no campo da pesquisa agronômica para o Desenvolvimento (Cirad).
Bruno Parmentier, que é o diretor de uma escola de engenharia em agricultura, estima por sua vez que a evolução do consumo de produtos de origem animal depende de três grandes questões, que mostram o vínculo estreito que existe entre o consumo de carne e as práticas culturais. Será que a religião hindu, da mesma forma que a religião católica, vai entrar em declínio, e, neste caso, será que a Índia vai passar a consumir muita carne? Será que os chineses vão começar a tomar leite, caso lhes for oferecido um produto que eles consigam digerir? Será que os ocidentais vão continuar a comer carne de porco, no caso de este animal se tornar uma matriz para os transplantes de órgãos?
Em todo caso, uma nova distribuição geográfica do consumo deverá acabar se implantando. Esta consistirá num duplo movimento de balança. Haverá uma diminuição da dieta em carnes nos países ricos, onde elas são consumidas em excesso, e um aumento nos países pobres, onde existe uma carência. Isso serviria para diminuir em parte a disparidade atual. Enquanto são consumidos no mundo, segundo um estudo que foi publicado pela revista médica britânica "The Lancet" (com data de 13 de setembro), 100 gramas de carne por dia e por pessoa, esta taxa média alcança de 200 a 250 gramas nos países desenvolvidos, e bate num teto situado entre 20 e 25 gramas nos países pobres.
"Se considerarmos que a população global vai aumentar em 40% daqui até 2050; e se não ocorrer nenhuma redução das emissões de gases de efeito-estufa vinculada à pecuária, o consumo de carne deverá diminuir até se estabilizar em 90 gramas por dia e por pessoa para que as emissões geradas por este setor possam se estabilizar", afirmam no artigo da revista "The Lancet" os autores do estudo. Seria preciso, portanto, incentivar desde já os consumidores dos países ricos a se conscientizarem dos estragos que o seu consumo abusivo acarreta. Além disso, seria necessário encontrar meios, em nível mundial, não para produzir menos, e sim para produzir de modos diferentes, com o objetivo de reduzir os efeitos negativos da pecuária sobre o meio-ambiente.
Como fazer, então, para acatar as recomendações da FAO, segundo a qual os custos ambientais por unidade de produção animal deveriam "ser reduzidos pela metade, nem que seja apenas para evitar agravar o nível dos estragos causados"? Será que o jeito seria incluir, conforme sugere o encarregado desta organização para as questões animais, Grégoire Tallard, "o custo ambiental no preço das carnes", conforme o princípio segundo o qual é o poluidor quem deve pagar pela poluição que ele gera? Ou será que se deveria privilegiar o consumo de aves, cuja produção é ecologicamente menos agressiva do que outras? A FAO preconiza também o aprimoramento das práticas de criação. Uma das evoluções mais aguardadas diz respeito ao seqüenciamento dos genomas completos das principais espécies (pesquisas estas que se encontram na sua maioria, em fase de elaboração), que deveria permitir acelerar os processos de seleção e fazer coincidirem, por exemplo, rusticidade (e, portanto, a resistência às doenças) e produtividade.
Além do mais, as pesquisas concentram-se na elaboração de rações alimentícias para o gado, que sejam mais econômicas, ou ainda no controle do sistema digestivo dos ruminantes. Neste sentido, a fermentação entérica dos bovinos (produtora de metano, o qual age numa proporção 23 vezes superior à do CO2 sobre o aquecimento climático) poderia ser mais bem dominada. Por exemplo, por meio da utilização de aditivos alimentícios à base de óleo vegetal. Ou ainda, por meio de uma ração dotada de uma maior concentração de cereais.
"Nós conduzimos um experimento com jovens bezerros, por meio do qual conseguimos fazer com que eles cresçam mais depressa, o que permitiu reduzir as emissões de metano", explica Jacques Agabriel, um zootécnico no INRA (Instituto Nacional da Pesquisa Agronômica) de Clermont-Ferrand. Mas, uma vez que a produção animal é um sistema complexo, aquilo que confere de um lado uma vantagem ecológica provoca de outro um inconveniente econômico (uma maior consumo de cereais).
Daí a necessidade, no contexto da busca de um sistema de criação duradouro, de se orientar rumo a uma abordagem global. No INRA, um grupo de reflexão sobre a importância dos produtos animais na alimentação, que reúne sociólogos, zootécnicos, economistas, nutricionistas e agrônomos, já está trabalhando com esta meta.
Enquanto se falava, dez anos atrás, de uma redução da intensidade dos sistemas de produção, este conceito foi substituído por outro: aquele de uma agricultura ecologicamente intensiva. A questão da carne constitui um excelente exemplo desta busca.
Tradução: Jean-Yves de Neufville
Visite o site do Le Monde

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Primeiro Post

O que escrever em um primeiro post? Vou procurar manter a coisa simples e procurar explicar como surgiu e para que serve.

"Ato Consciente" é o nome de um grupo que surge da visão de três amigas numa conversa informal.

Três pessoas de grande coração que desejam uma humanidade melhor e resolveram transformar palavras e pensamentos progressistas em discussões e ações mais efetivas. E que, carinhosamente, resolveram compartilhar a visão com outros amigos, igualmente bem-intencionados mas que não haviam tido a iniciativa de colocar seus ideais em prática de uma forma mais organizada e efetiva.

Diz-se que a verdadeira revolução começa em nós mesmos. Nosso objetivo principal é termos maior consciência ecológica e social em nossas próprias ações, procurando dar algum tipo de exemplo e inspiração ao próximo.

Criamos este espaço para trocarmos idéias sobre a situação do planeta e de nosso país, para um debate tão franco quanto respeitoso e fundamentado, para compartilhar o que já fizemos de bom e que pode, eventualmente, servir de exemplo a outros e para pedirmos sugestão de como melhorarmos nossas ações. Sempre objetivando que a consciência nos leve à ação. Ainda que seja uma ação inicialmente modesta. Não importa. Vive-se um dia de cada vez, e muda-se o mundo da mesma forma.

Desde já agradecemos por ler e participar! Comentários são sempre muito bem-vindos ;)